quarta-feira, 2 de maio de 2007

A Arte Bizantina


A arte bizantina foi uma mistura de influências helênicas, romanas, persas, armênias e de varias fontes orientais, sendo assim preservada a cultura clássica greco-romana. Com essa mistura de etnias, foi possível associar todas as partes da cultura bizantina: como o idioma grego, a religião cristã, o direito romano, o gosto pelo requinte oriental, a arquitetura de inspiração persa entre outros, formando assim um novo estilo de arte, rico na técnica e na cor.
Na maioria das vezes com relação à igreja cristã, o objetivo principal da arte bizantina foi representar por meio da arte a supremacia do espiritual sobre o material, da essência sobre a forma, e a elevação da contemplação das coisas espirituais conseqüência dessa proposição. Podemos afirmar então que a arte bizantina está dirigida pela religião. O clero também organizava a arte, fazendo com que os artistas fossem meros executores de suas obras.
O imperador não só tinha poderes administrativos e espirituais, mas era também considerado o representante de Deus. Assim os artistas faziam a imagem dele com uma auréola sobre a cabeça, muito encontrado em mosaicos, onde imperador e imperatriz na maioria das vezes encontravam-se ao lado da Virgem Maria e o Menino Jesus.
A aparência grandiosa das figuras frontais, fortalecidas nas obras da arte bizantina, deu lugar a obras que além de se manter solenes e majestosas, eram mais vivazes e variadas.
Foi da arte bizantina que surgiu os modelos para toda a Idade Média. Nela também surgiu, pela primeira vez, representações das côrtes angelicais. Dentro dos templos, a arte representou uma teologia da imagem. Na parte interna, a arte pode ser concretizada através de pinturas, mosaicos e esculturas. A imagem bizantina foi um aumento do tempo do dogma e o progresso doutrinal através da doutrina da arte.

Período Constantiniano

Elementos se fundiram para originar a arte bizantina atuante neste período com ênfase nas criações arquitetônicas, já que pouco restou da pintura, da escultura e dos mosaicos da época.

Período Justiniano (527-565)


Corresponde a determinação dos importantes traços dessa arte imperial. Os projetos arquiteturais diversificaram-se: planta retangular de naves variável e coberta com uma cúpula. Santa de Constantinopla, concedida a Artêmios de Talles e Isidoro de Mileto, é o mais destacado templo dessa época juntamente com as Igrejas de Ravena e Santa Catarina do Sinais. A crise do iconoclasmo, caracterizado pelo desprezo da imagem do divino, favoreceu o monaquismo e o surgimento da escola capadociana.

Período Macedoniano


Também nomeada a 2ª fase áurea bizantina o período inicia-se com Basílio I (867-886) e o ápice é atingido no reinado de Constantino VII Porfirogênito (945-959).
Aos meados do século X, a decoração das igrejas era de forma hierárquica: cúpulas, altar-mor e partes superiores, todos destinados às figuras celestes (Cristo, a Virgem Maria, Os santos...).
As partes intermediárias, como áreas de sustentação, às cenas da vida de Cristo, as partes inferiores, à evocação de patriarcas, profetas, apóstolos e mártires eram figuras expressas dentro dos templos.
A tendência, cor e aspecto das diferentes cenas variam de modo sutil, para formar a impressão de espaço e reverter tensão dinâmica à superfície achatada e estática das figuras.

Período Comneniano




Há uma independência maior da tradição, o que destaca-se basicamente é a religiosidade, que mais tarde servirá de modelo à arte bizantina dos Balcãs e da Rússia, que coloca em prática nos ícones e pinturas as expressões mais elevadas.

Período Paleologuiano (1258-1460)


O realismo e decoração narrativa tenderam a propagar-se. As imagens estão cheias de personagens; os afrescos se multiplicaram. Os mais importantes centros de arte sacra bizantina são tessalônicas, Trebizonda e Mistra.
Apesar do desaparecimento do império, a arte bizantina manteve-se com sua marca nas regiões mais variadas, como o monte Atos, a Iugoslávia, a Bulgária, a Romênia e a Rússia, onde continuaria a desenvolver notáveis ícones.

Período ítalo-bizantino


Parte da Itália foi ocupada pelos bizantinos, gerando o Estilo Ìtalo- Bizantino, expandindo-se por Veneza, Siena, Pisa, Roma e na Itália meridional.
Seguido do ícone, pintores de gênero, formaram os objetivos fundamentais da pintura italiana.
A influência da arte-bizantina ainda no século XIV repercutiu principalmente nos primeiros expoentes da pintura veneziana.